Nomofobia é um termo empregado para descrever o medo irracional de ficar sem o celular ou estar desconectado da internet. Essa condição é cada vez mais comum na sociedade moderna graças ao uso cada vez mais generalizado da tecnologia e está especialmente propensa entre jovens e pessoas que usam smartphones com frequência.
A nomofobia pode ser causada pela necessidade de estar sempre conectado com amigos, familiares e colegas de trabalho, além da dependência da tecnologia para realizar tarefas do dia a dia. Outra causa é a falta de habilidade para lidar com situações sociais e emocionais sem a ajuda do celular.
As pessoas que sofrem com esse transtorno podem experimentar sintomas como sudorese, tremores, taquicardia, irritabilidade, ansiedade e pânico quando se veem em situações em que não podem usar seus dispositivos móveis, como, por exemplo, quando a bateria do celular acaba, o sinal de internet está fraco ou o aparelho está perdido ou é roubado.
As consequências podem ser graves para a saúde mental e física do indivíduo. O uso excessivo do celular pode levar a problemas de postura, falta de sono, fadiga, alterações de visão e audição, interferir no desempenho acadêmico ou profissional, além de aumentar o risco de desenvolver transtornos mentais como depressão, ansiedade e estresse.
É importante ressaltar que a nomofobia é uma condição tratável, e que é possível reduzir seu impacto na vida do indivíduo através de mudanças de hábitos e comportamentos, como limitar o tempo de uso diário, desligar o aparelho durante a noite e nos momentos de descanso, além de buscar atividades alternativas para ocupar o tempo livre. A terapia cognitivo-comportamental também pode ser útil para ajudar o indivíduo a mudar seu comportamento em relação ao uso do celular e lidar com seus sentimentos de ansiedade e dependência. Em casos mais graves, a medicação pode ser necessária.
Cristina A. Silva
Psicóloga
CRP 06/44940